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casa da abuela

localização: oaxaca, méxico
estado: a ser construído

Na aldeia de Escobilla, no México, a comunidade gera renda com a venda de ovos de tartarugas marinhas, o que pode causar desequilíbrio ambiental. Além disso, há um cenário de desnutrição entre as crianças. Consciente da urgência de mudanças sociais e ambientais, a Abuela propõe imersões culturais e promove os direitos da comunidade indígena. É por isso que Maria Luisa - uma mulher de 75 anos, de origem totonaca, moradora da cidade, lutadora social e narradora oral cênica -, junto com sua vizinha Maricarmen, incitam a construir um lugar onde possam compartilhar seus conhecimentos enquanto ainda têm condições para fazê-lo.

Acreditamos que uma mudança social, ambiental e econômica de longo prazo em larga escala começa atingindo as partes mais vulneráveis e menos visíveis de um sistema. Segundo o PNUD, mais de 70% da população pobre do mundo são mulheres, devido à baixa renda, trabalho doméstico não remunerado e cuidados infantis. O cenário de pobreza cria uma condição mais exposta às mudanças climáticas, com poucas ou nenhumas ferramentas para lidar com isso. Apesar e por conta dessa vulnerabilidade, as mulheres têm as rotinas mais sustentáveis e, no meio rural, as ações mais eficientes para restabelecer o equilíbrio na regeneração do solo. A lógica praticada pelo papel fundamental desempenhado por essas mulheres pode nos ensinar muito sobre valores importantes​​ a serem incluídos na reflexão de como conceber um ambiente construído.

 

Maria Luisa e Maricarmen, líderes comunitárias em Escobilla, México, promovem os direitos indígenas compartilhando seus 75 anos de conhecimento. Elas são capazes de falar sobre criação de animais, proteção da fauna e flora, nutrição, mitos e histórias, além de promover o Temazcal e outras práticas espirituais e compartilhar virtudes profundas de honestidade, respeito e conexão com a natureza. Os impactos dessas experiências são múltiplos: por meio do turismo ecológico, trazem renda para a comunidade, o que proporciona melhores condições para as crianças indígenas e, portanto, pode educar tanto os locais quanto os estrangeiros a respeitar e manter sua cultura viva, sem impactar a vida das tartarugas marinhas próximo. Ao focar e impactar diretamente as avós de uma comunidade, esperamos regenerar e transformar todo o ecossistema em que elas estão inseridas.

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O projeto foi pensado com base em 3 pilares:

 

Nutrir a terra e cuidar das águas - A casa busca a sustentabilidade em todas as fases. Será construída com bioconstrução, utilizando o solo e a madeira como os materiais principais.  Também foi planejada para ter um uso sustentável: poço d'água, cisterna de águas pluviais e tratamento ecológico do esgoto. Foi projetado para ser agradável no clima quente, com o conforto térmico que as paredes de terra e ventilação cruzada trazem.  

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Construção coletiva  - É importante que o projeto tenha técnicas que envolvam pessoas sem habilidades de construção no local, para que todos possam aprender e compartilhar. A taipa de mão é uma técnica já utilizada na região, na qual crianças e idosos podem somar. Além disso, a estrutura de madeira foi projetada para ser simples de construir, assim como a geometria da planta da casa.  

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Necessidades da Abuela - para Maria Luísa era importante ter 3 espaços diferentes: o seu quarto, onde pode escrever, dormir e acolher o filho sempre que ele está por lá. Um espaço para receber pessoas, para que ela possa compartilhar sua voz sobre os direitos indígenas, das mulheres e do meio ambiente. E uma cozinha que deve ser compartilhada com todos, sendo assim o centro da casa. 

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Vídeo sobre a história de Abuela.

roteiro: Maria Luísa Grijalva

imagens por: Denisse Amairany Mjia Gonzales, Luiza Tripoli e Mariana Montag

edição: Luísa Marinho

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